Supremo e Moraes silenciam ante avalanche de ataques ao ministro porque preparam resposta sobre contrato que não existe
A polêmica sobre contrato de “R$ 129 milhões” que teria sido firmado pelo escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e o Banco Master tem sido marcado por acusações irresponsáveis, memes, vídeos manipulados por IA e instrumentalização da farsa pelo bolsonarismo.No entanto, análise séria dos fatos verificáveis sobre essa denúncia mostra que o que predomina não são provas concretas, mas, sim, uma narrativa repetitiva e assentada miseravelmente sobre indícios e fontes anônimas, absolutamente sem nenhuma prova que permita afirmar a existência de tal contrato.
Não há contrato, escritura pública, instrumento jurídico original ou cópia autenticada com assinaturas reconhecidas das partes (Viviane Barci de Moraes ou sócios do escritório vs. Daniel Vorcaro / Banco Master). Só o que se tem é o disse-me-disse relatado pela jornalista Malu Gaspar e emendada pela jornalista Mônica Bergamo.
As reportagens se baseiam em uma relatada “cópia digital” que teria sido encontrada no celular de Vorcaro durante a Operação Compliance Zero da Polícia Federal, mas sem qualquer menção explícita ou velada a assinaturas da esposa de Moraes e/ou de seus sócios.
Sem isso, o que circula é uma versão unilateral, possivelmente uma proposta ou rascunho, não um acordo efetivado. O Supremo Tribunal Federal, ciente dessa fragilidade probatória, opta pelo silêncio institucional, evitando endossar ou responder a alegações que não se sustentam em documentos irrefutáveis.
E prepara uma resposta.Uma resposta muito dura.
O que se fez foi multiplicar os honorários que consta no contrato que seriam pagos, mas sem qualquer aceite desde 2024, quando Viviane Barci de Moraes atuou em um único caso ligado a Vorcaro, em um processo de empresa “falida” na qual ele investiu, a Gafisa.
A única atuação documentada do escritório é uma queixa-crime isolada contra Vladimir Timmerman (por calúnia em litígio envolvendo Gafisa), assinada por Viviane e filhos, mas que não se vincula diretamente ao escopo alegado do contrato (defesa regulatória ampla junto a BC, Receita, Cade etc.).
Essa confusão serve para inflar a narrativa, mas ignora a distinção essencial: sem provas de contraprestação proporcional ou registros em órgãos públicos, os valores mencionados permanecem especulativos. A cifra surge sem lastro documental.
Os “R$ 129 milhões” (R$ 3,6 milhões mensais por 36 meses) aparecem repetidamente em colunas jornalísticas e comentários políticos, sempre atribuídos a “fontes”, “interlocutores” ou “apuração” baseada em mensagens apreendidas, sem documentos originais, datas exatas de repasses, extratos bancários ou descrições detalhadas dos serviços efetivamente prestados.
A ausência de evidências não é um mero detalhe; é o ponto central que invalida as acusações. Sem assinaturas reconhecidas, perícias ou documentos originais divulgados, as insinuações repetidas não se convertem em fatos comprovados, tornando a cobrança a Moraes uma estratégia de ataque político.
Em resumo: o que há são insinuações repetidas, não fatos comprovados. Sem contrato público, sem registro oficial, sem comprovação objetiva de assinaturas, pagamentos ou serviços proporcionais, os “R$ 129 milhões” permanecem como narrativa especulativa, não como realidade demonstrada.
Com informações do site www.brasil247.com