O
publicitário Rildo Mota vai protocolar, no início da semana, um pedido de
explicações ao presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Ilhéus, Paulo
Ganem, sobre a repentina mudança, sem nenhum comunicado prévio, da agência e da
Campanha de Natal que já havia sido aprovada pela diretoria da entidade, tendo
como criadora a equipe da agência Maximídia, da qual ele é diretor. Esta
semana, Ganem apresentou um outro projeto como sendo o escolhido para o
aquecimento das vendas natalinas, encomendado, segundo Mota, a “ um bureau de
criação gráfica de Itabuna”.
Jabes e Paulo no momento da apresentação da campanha feita em Itabuna |
Além
de não avisar à agência convidada a desenvolver o projeto inicial, Paulo Ganem,
segundo o publicitário, não deu nenhuma explicação para a troca. Uma nova
campanha foi apresentada esta semana ao prefeito Jabes Ribeiro, parceiro da
CDL, fato que pegou o publicitário de surpresa. Rildo afirma que não aceita
crer que a mudança repentina esteja relacionada ao fato de sua agência ter sido
a responsável pela campanha política da Professora Carmelita Oliveira,
adversária de Jabes no pleito do ano passado. “Não quero crer nesta
possibilidade”, afirma.
Incoerência - Este
ano, foi a equipe do publicitário Rildo Mota quem desenvolveu a Tríplice
Campanha da CDL – Dia das Mães, São João e Dia dos Namorados. O resultado do
trabalho terminou sendo reconhecido pela própria CDL que outorgou à Maximídia,
o título de Melhor Agência de Propaganda do ano. “Por isso não dá para entender
a mudança tão repentina de comportamento, sem nenhum tipo de consideração à
equipe da agência”, lamenta.
O
publicitário alega prejuízos financeiros na medida em que redator, diretores de
criação e arte passaram algumas semanas debruçados no desenvolvimento da
campanha, agora, rejeitada. “Foi, no
mínimo, uma afronta, uma indelicadeza e uma imensa falta de respeito
profissional para conosco”, lamenta Rildo Mota. Recentemente Paulo Ganem causou
uma outra polêmica ao atribuir a crise no comércio – e uma queda de 30 por
cento nas vendas – ao Movimento Coletivo Reúne Ilhéus. A postura do dirigente
lojista dividiu a opinião até de comerciantes, mas teria partido da necessidade
de “blindar” o prefeito e amigo Jabes Ribeiro, que vivenciava um momento de
crise no seu governo.
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