terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Clima com PP esquenta e Wagner fala em desistir da candidatura


O senador Jaques Wagner (PT) discute a hipótese de desistir da candidatura ao governo da Bahia nas eleições deste ano. Ele, o governador Rui Costa e o senador Otto Alencar (PSD-BA) se reuniram na tarde desta terça-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo.

Mas na verdade o estopim da crise é o PP. João Leão atual vice governador está condicionando sua permanência na aliança, ao fato de Rui Costa se afastar do governo, ele assumir e indicar novamente outro vice, e ainda que Rui seja candidato ao Senado. Assim o PP tiraria o PT da 'cabeça' da chapa, colocaria Otto Alencar como candidato a Governador e indicaria o vice.

Informações dão conta que o PP entende que o PT da Bahia não teria tamanho para permanecer na cabeça da chapa e quer que o partido abra mão da vaga.

Leão aguarda uma decisão de Rui com relação à candidatura ao Senado para poder tomar uma posição. O vice, que é também secretário estadual de Desenvolvimento Econômico,  sabe do desejo do governador de concorrer ao Senado.

O que inviabiliza o plano é um óbice do senador Jaques Wagner, candidato do PT ao governo, que não teria como contemplar o correligionário e o senador Otto Alencar (PSD), que deseja concorrer à reeleição, na chapa.

Por causa do risco de Otto romper caso não seja atendido, Wagner tem ameaçado desistir da candidatura, caso Rui insista. Mas já teria aceito a sugestão para que se tente convencer Otto a concorrer à vice ou indicar o filho à vaga.

Trata-se do deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), que não toma parte nas negociações. O argumento que usaram para Wagner é o de que a presença de Rui fortaleceria a chapa contra a candidatura de ACM Neto (DEM).

Um encontro de Rui com Lula, hoje, para tratar da conjuntura eleitoral, depois de uma reunião que o petista teve com Gilberto Kassab, presidente do partido de Otto, pode selar o destino da chapa.

Caso Otto aceite a proposta que começa a se desenhar, Leão poderia assumir o governo a partir de abril.

Com informações: O Globo/Política Livre








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