Até a manhã desta segunda-feira (30), nenhum caso da doença havia sido registrado na Bahia. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) emitiu um alerta para os municípios baianos sobre os sintomas da varíola dos macacos.
O Ministério da Saúde investiga dois casos no Brasil, um no Ceará e outro em Santa Catarina.
Apesar de ser trasmitida pelos primatas, a varíola dos macacos também pode ser propagada por outros tipos de animais como, por exemplo, esquilos e roedores. Ela causa um quadro semelhante a varíola humana, conforme explica o infectologista Antônio Bandeira, que atua como técnico de vigilância epidemiológica da Sesab.
“Basicamente o que vai chamar atenção é o indivíduo que viajou – ou vem de fora – e apresenta o que a gente chama de lesões vesiculares pustulosas. Ela começa na cabeça, passa para o tronco e depois tem uma distribuição centrífuga para os membros. É associada sempre a febre, dor de cabeça, dor nas costas e no corpo. Mas o que vai realmente chamar a atenção são essas feridas no corpo”.
Para evitar o contágio, é preciso fazer uso de máscara e higienizar as mão. Antônio Bandeira ainda destacou que a varíola dos macacos é altamente transmissível e pode levar ao óbito. De acordo com o infectologista, há uma preocupação muito grande do órgão estadual em relação à doença.
“A qualquer momento pode acontecer um caso de varíola dos macacos [aqui no estado], até porque no mundo tem crescido muito e a Bahia é um destino turístico muito forte. Pessoas de fora chegam aqui o tempo todo e temos com os países europeus uma grande comunicação. Temos voos diretos, inclusive, para Portugal e Espanha, e isso facilita muito [a entrada da doença]”, disse.
Além da Bahia, os estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina também emitiram estado de alerta para a doença, principalmente nos aeroportos.
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