segunda-feira, 19 de setembro de 2022

TSE acolheu 12 dos 15 pedidos da Defesa para as eleições de 2022

 


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou na última semana, em formato de projeto-piloto, a sugestão das Forças Armadas de realizar testes de integridade utilizando a biometria. Com a decisão, os militares emplacaram 12 das 15 sugestões feitas por meio do Ministério da Defesa, no âmbito da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), já para as eleições de 2022.

Em junho, o tribunal divulgou balanço em que apontava ter acolhido 10 das 15 propostas apresentadas pelas Forças Armadas, incluídas como entidades fiscalizadoras do pleito.

 

Outras quatro haviam ficado para análise posterior, das quais duas acabaram se concretizando, parcialmente, antes das datas previstas para os eleitores irem às urnas — em 2 e 30 de outubro, no primeiro e segundo turnos, respectivamente. Duas ficaram para estudo de viabilidade no próximo ciclo eleitoral. Apenas uma das sugestões foi descartada.

 

As 15 proposições da Defesa fazem parte de um universo de 44 sugestões apresentadas pelas instituições que foram convidadas a participar da comissão. Ao todo, o TSE acatou 34 pedidos, completa ou parcialmente, de acordo com a Justiça Eleitoral.

Veja abaixo as propostas da Defesa:

 

Acolhidas:

 

Extensão do prazo para apresentação das propostas ao Plano de Ação, mesmo após a data estabelecida – 17 de dezembro de 2021;

TSE deveria, no Plano de Ação, dar destaque à possibilidade de o código-fonte inspecionado em 2021 sofrer alteração até a cerimônia de lacração;

Atualização do aplicativo Boletim na Mão, para incluir funcionalidades que permitam, entre outras atribuições, armazenar vários boletins de urna e totalizar em tempo real os votos registrados, a partir do somatório do QR Code dos referidos boletins. Poderia, ainda, ser considerada a possibilidade do envio dos dados para um servidor específico, permitindo a auditagem da totalização de mais de uma zona eleitoral, com a legitimidade conferida pelo TSE;

Redução das restrições impostas aos investigadores e aumento da abrangência do escopo do Teste Público de Segurança, a fim de aumentar a efetividade do referido teste;

Execução de teste de integridade das urnas mediante identificação do eleitor por meio de biometria;

Realização do teste de integridade das urnas nas condições mais próximas possível da realidade do momento da votação, com a utilização, inclusive, da biometria dos eleitores;

Inclusão das urnas modelo UE 2020 no TPS;

Totalização descentralizada, com redundância nos TREs. Recomenda-se que a totalização dos votos seja feita de maneira centralizada no TSE em redundância com os TRE, visando diminuir a percepção da sociedade de que somente o TSE controla todo o processo eleitoral, bem como aumentar a resiliência cibernética do sistema de totalização dos votos.

 

Analisadas no próximo ciclo eleitoral:

Sorteio absolutamente aleatório das urnas e seções que comporão o teste de integridade;

Redução das restrições impostas aos investigadores e aumento da abrangência do escopo do do Teste Público de Segurança, para aumentar a efetividade do referido teste em futuras oportunidades.

Descartada:

 

Duplicidade entre abstenção e voto: “Recomenda-se que o relatório de abstenções seja disponibilizado à sociedade a fim de aumentar a superfície de fiscalização do processo eleitoral disponível, caso haja amparo legal para tal medida.

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