As prisões foram pedidas pela PF e o Ministro Alexandre de Moraes atendeu o pedido que identificou organização criminosa que elaborava dossiês para atacar ministros e parlamentares.
A decisão foi tomada no âmbito da PET 1.2732, que investiga o uso do sistema de inteligência First Mile, da Abin - Agência Brasileira de Inteligência, por delegados, agentes e servidores públicos.
E a Polícia Federal identificou uma organização criminosa que operava em núcleos para criar dossiês contra ministros, parlamentares e outras pessoas, com o objetivo de divulgar narrativas falsas e incitar, direta ou indiretamente, tentativas de golpe de estado e enfraquecimento das instituições.
"Os investigados, segundo a Polícia Federal, participaram de uma estrutura infiltrada na Abin destinada a obter vantagens para o núcleo político, produzindo desinformação para atacar adversários e instituições. Essa desinformação era disseminada por meio de perfis e grupos controlados por servidores da Abin. O relatório da Polícia Federal apresenta provas e indícios suficientes dos graves delitos praticados", destacou o ministro na decisão.
A PGR - Procuradoria Geral da República indicou que os elementos apresentados revelam a existência de uma organização que pretendia atacar o sistema republicano.
"Os dados apresentados na representação policial mostram que a estrutura infiltrada na Abin era apenas uma célula de uma organização criminosa maior, voltada ao ataque de opositores, instituições e ao sistema republicano. As ações do grupo criminoso não se limitam a um único inquérito, sendo necessário o compartilhamento de provas para uma melhor compreensão das condutas praticadas."
Prisões e Afastamentos Decretados
A Polícia Federal argumentou que as prisões são necessárias devido à gravidade das condutas atribuídas aos investigados, ao risco de reiteração criminosa e à necessidade de proteger as investigações. O ministro concordou com o pedido.
"O contexto delineado revela a imprescindibilidade das prisões, uma vez que, se os investigados permanecerem em liberdade, poderão continuar suas atividades criminosas. Os investigados possuem dados e contatos que podem ser utilizados para obstruir as investigações, e os ataques às instituições ainda perduram de modo similar ao narrado pela PF", afirmou o ministro.
Também foi demonstrada a necessidade de afastamento dos cargos públicos para evitar que os investigados dificultem a coleta de provas e obstruam a instrução criminal.
Foram decretadas as prisões preventivas e o afastamento dos cargos públicos de:
Mateus de Carvalho Sposito, Richards Dyer Pozzer, Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, Giancarlo Gomes Rodrigues
Do site: https://www.migalhas.com.br/quentes/411063/moraes-decreta-prisao-de-investigados-por-abin-paralela
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