quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Colégio Vitória combate prática de bullying e cria estratégias para consolidar cultura da paz*

Thomas Herbert, Rita Margareth (centro) e Maria Cecília Limoeiro (psicóloga escolar).

A conscientização sobre os efeitos nocivos da prática de bullying e a adoção de estratégias para construção de uma cultura de paz, na comunidade escolar, são iniciativas permanentes do projeto pedagógico do Colégio Vitória, em Ilhéus. Este mês, uma nova ação inserida na dinâmica do projeto Vivenciar foi realizada, nesse sentido, junto à turma do 9⁰ ano que recebeu convidados especiais para refletir sobre o tema.

Profissionais que se destacam na área da Justiça Restaurativa, Thomas Herbert e Rita Margareth, atuam com foco na resolução de conflitos, em diferentes contextos, incluindo ambientes escolares.  As práticas restaurativas também auxiliam no enfrentamento do tipo de violência que se caracteriza como “bullying”, palavra de língua inglesa que se refere à “valentia ou tirania” expressa em atos repetitivos e intencionais de intimidação física ou verbal, presencial ou online, com sérias conseqüências para a saúde mental e relações sociais dos indivíduos e grupos. 

Círculos de Paz

A aplicação da Justiça Restaurativa, no combate ao bullying, tem ganhado destaque como uma alternativa mais inclusiva e transformadora do que os métodos tradicionais de punição, como suspensão ou expulsão que, muitas vezes, não abordam as causas subjacentes do comportamento agressivo.

Na abordagem restaurativa, em vez de punir o agressor, busca-se criar um espaço para que as partes envolvidas (a vítima, o agressor e a comunidade) possam dialogar e, juntos, encontrar soluções que promovam a responsabilização e a reparação dos danos causados. No contexto de bullying, isso significa envolver tanto a vítima quanto o agressor em um processo de escuta ativa, em que as necessidades de cada um são levadas em consideração.

Thomas Herbert defende que a Justiça Restaurativa ajuda não só a resolver o conflito imediato, mas também a criar uma cultura de respeito e empatia, diminuindo a reincidência de comportamentos agressivos. Ele argumenta que o bullying muitas vezes surge de dinâmicas complexas de poder e exclusão e que práticas restaurativas, como Círculos de Paz, ajudam a restabelecer o equilíbrio nas relações, fortalecendo os laços comunitários.

Projeto Piloto

Pelo sucesso da iniciativa nesse formato de Círculos de Paz, no período de aulas, o Colégio Vitória, após análise de resultados, avalia a possibilidade de transformar o projeto piloto em mais uma ação efetiva de combate ao bullying no ambiente escolar a partir de 2025.

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