Com informações de agroemcampo.com.br
O setor de cacau no Brasil enfrentou uma forte retração em 2024, marcada pela queda no recebimento e processamento de amêndoas. A indústria processadora recebeu 179.431 toneladas de amêndoas, uma diminuição de 18,5% em relação a 2023, quando o volume alcançou 220.303 toneladas. No último trimestre, a redução foi de 5%, totalizando 54.435 toneladas.
Fatores climáticos e pragas comprometem a produção de cacau
As condições climáticas extremas e a incidência de pragas, como a vassoura-de-bruxa e a podridão-parda, impactaram a produção. “Infelizmente, a produção sofreu com extremos climáticos e problemas com pragas em diversas regiões. O Brasil ainda depende de importações para atender à demanda da indústria”, afirmou Anna Paula Losi, presidente-executiva da AIPC.
Produção por estado: impactos generalizados
Os principais estados produtores registraram quedas significativas. Na Bahia, a participação caiu de 136.165 toneladas em 2023 para 106.481 toneladas em 2024, uma queda de 21,8%. Além disso, o Pará registrou 65.654 toneladas, 11,9% a menos. No Espírito Santo, o recuo foi de 21%, enquanto Rondônia teve a maior queda percentual, 30,7%. Outros estados contribuíram com apenas 12 toneladas.
Demanda em queda: redução na moagem
A moagem de amêndoas totalizou 229.334 toneladas, uma retração de 9,5% em comparação a 2023. No último trimestre, houve uma queda de 5,5%, embora tenha ocorrido um leve aumento de 7,62% em relação ao trimestre anterior.
“A queda na demanda por derivados reflete o aumento nos custos de produção e os altos preços da matéria-prima”, explicou Losi.
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