Iniciada em 16 de dezembro do ano passado, a Operação Overclean terá uma nova fase deflagrada pela Polícia Federal em breve.
Enquanto os peixes grandes estão abrigados pelo foro privilegiado no STF, os peixes miúdos estão correndo grande risco de sofrer com mais uma fase da Operação Overclean, da Polícia Federal, antes do carnaval.
A Overclean, deflagrada em dezembro do ano passado, investiga um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares por meio de repasses do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) destinados a prefeituras da Bahia e de pelo menos mais quatro estados: Goiás, Tocantins, Amapá e Rio de Janeiro.
A informação está circulando nos bastidores da politica de Brasília e Salvador, dá conta de que a próxima fase pode, inclusive, ser iniciada antes do carnaval. De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão provenientes de contratos fraudulentos e de obras superfaturadas. O grupo também contava com uma célula de apoio informacional, composta por policiais, que tinha a função de repassar informações sensíveis à organização criminosa, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas. Os equipamentos eletrônicos apreendidos ainda nem foram averiguados e os investigados temem que as informações contidas neles podem trazer um tsunami para a política brasileira.
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
As investigações estavam paradas e novos passos foram dados após a resolução do impasse no Supremo Tribunal Federal, que escolheu o ministro Nunes Marques como relator do caso após o deputado federal Elmar Nascimento (UB) ser citado nas investigações. A definição abriu caminho também para o inicio da perícia nos mais de 100 aparelhos eletrônicos que foram apreendidos pela PF no ano passado.
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