quinta-feira, 10 de abril de 2025

Tres nomes disputam o PT Nacional mesmo com Lula tendo preferido e expõe racha interno

 

Edinho Silva, Ruy Falcão, Valter Pomar e Lula 


Apesar do empenho pessoal do presidente Lula (PT) em favor do ex-prefeito Edinho Silva, a disputa pela presidência do PT ganhou novos lances com questionamento sobre gastos da campanha do favorito do Palácio do Planalto e lançamento de uma candidatura adversária.

Na terça-feira (8), Valter Pomar, dirigente da corrente Articulação de Esquerda e também candidato à presidência, encaminhou um pedido de informações ao presidente do PT, Humberto Costa, e à tesoureira, Gleide Andrade, para perguntar se o partido estava cobrindo as despesas de viagens de Edinho pelo país.

Ao texto, publicado nas redes sociais, anexou postagens do próprio Edinho, com fotos e descrição do roteiro do fim de semana por três municípios: Palmas (TO), Cuiabá (MT) e Contagem (MG).

No mesmo dia, recebeu um ofício assinado por Costa e Gleide: “O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores informa que não custeou quaisquer despesas vinculadas a tais atividades e não possui quaisquer informações sobre o assunto”, responderam.

Publicada por Pomar, a troca de mensagens circulou na rede petista. E, procurado pela Folha, Edinho não quis comentar o assunto.

Nesta quarta (9), Pomar encaminhou nova mensagem questionando a cúpula do partido sobre suposto impulsionamento de postagens em apoio a Edinho. Já no Congresso, o ex-presidente do PT e deputado federal, Rui Falcão (SP), anunciava sua candidatura em oposição a Edinho.

Ele afirma ainda que não é uma candidatura contra Lula, nem em desafio ao presidente, até porque não ouviu dele uma manifestação em prol de outro candidato. “Eu acho que ele tem o maior respeito pelos militantes do PT, pela minha história. Tenho dúvidas se ele me chamaria para tentar me dissuadir”, disse.

Falcão espera contar com apoio de deputados federais para a eleição interna do partido. Como Edinho tem enfrentado resistência dentro da ala que integra —a CNB (Construindo um Novo Brasil)—, a tentativa é que o lançamento de candidaturas leve a disputa para um segundo turno.

Edinho, no entanto, tem ampliado alianças para além da CNB. Nesta quarta-feira, recebeu o apoio do ex-ministro Paulo Pimenta. Seus aliados contabilizam votos que lhe garantiriam vitória em primeiro turno.

Com informações da Folha de Sao Paulo

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